Primeiro de Janeiro – Aniversário do Viola
Paulo Sérgio Rosa (01/01/69)
Viola, o rei da bola
VIOLA, O REI DA BOLA
Se tinha um cara que era o cara esse cara era o Viola.
Numa lista de 14 jogadores que sempre admirei estariam
Viola, Neto, Adil, Dôni goleiro (Corinthians) Amaral, Evair (Palmeiras),
Müller, Zetti goleiro (São Paulo), Romário, Renato Gaúcho (Flamengo), Mauro
Galvão, Ronaldinho Gaúcho (Grêmio), Sorín (Cruzeiro), Paulo Baier (Criciúma).
Eu não gosto de ver o que algumas pessoas gostam de ver;
aquela fotografia do Viola imitando porco depois dum gol que fez contra o
Palmeiras. O Viola era bom de bola e irreverente na hora das comemorações, mas
tem lá os que entendem que o Viola só servia para fazer folia e para fazer
gracejos diante da torcida adversária. E não é bem isso.
O Viola era um jogador inspirado e que dificilmente saía
do campo sem deixar la pelota no fundo da rede.
Desde já algum tempo eu sei que o Viola nasceu em janeiro
por que eu também sou de janeiro.
Desde já algum tempo eu sei que o nome do Viola é Paulo
Sérgio por que quando o mesmo jogou pelo Corinthians o Corinthians tinha dois jogadores
com nome de Paulo Sérgio, um que usava o nome verdadeiro na camisa e o outro
que usava só o apelido pelo qual era chamado desde a infância (Viola).
Os dois eram bons de bola e os dois vieram a servir a
seleção brasileira em algumas oportunidades.
Existem lá algumas coisas que são mesmo do destino.
O grande corinthiano Viola só veio a ser artilheiro do
Campeonato Brasileiro jogando pelo Santos em 1998.
Na parede da minha casa lá na colônia eu tinha o quadro
do Viola que ficava ao lado do quadro da Carla Perez. Eram só esses dois quadros.
O quadro dizia Alegria do Timão – Viola na Seleção (1994)
– escolhido na última hora por Carlos Alberto Parreira numa disputa com Edmundo
por uma vaga. A decisão estava nas mãos e na cabeça do treinador.
E, para a felicidade de toda a torcida corinthiana o escolhido da vez foi o Viola.
Naquela época eu morava no interior da cidade de Mallet-Pr e torcia
na fase do mata-mata pelo Viola do Santos e pelos 22 jogadores do Corinthians; o Corinthians que acabou se sagrando campeão daquele ano. Tempos bons onde se viam figurar jogadores como Nei, Marcelinho, Dinei, Gamarra e mais 18.
Se eu fosse definir o Viola em três palavras eu diria:
veloz, habilidoso, eficiente.
Pelas minhas contas andou fazendo 105 gols pelo Corinthians
e andou jogando por uns seis anos pelo Sport Clube Corinthians Paulista. Lembro
dele fazendo gols importantes jogando pelo Palmeiras, pelo Corinthians e pelo
Santos.
Lembro dele entrando no último jogo na final da Copa do
Mundo de 1994 e dele correndo e driblando a zagueirada toda na tentativa de
fazer o único gol da partida que não estava acontecendo e que não aconteceu.
Ronaldinho Fenômeno ainda era bem menino e nem ele, nem
Viola, nem Romário, nem Bebeto, nem Branco conseguiram fazer gol na Itália. Os
caras eram ótimos e sabiam se defender. A decisão foi para os pênaltis. Foi a
vez do grande Taffarel do Internacional e dos cobradores Romário, Branco e
Dunga.
Dois gols lindos de Viola do Corinthians na voz de Osmar
Santos (como não poderia ser diferente)
PARABÉNS, VIOLA!!
Um cara que poderia passar a vida inteira jogando
futebol, pois tem saúde e força muscular para tanto.
Um cara como poucos.
Parabéns, Viola!!
Parabéns, Corinthians!!!
